Dica de leitura:
Joaquim Toco e amigos na terra do Gãr: crônicas do cotidiano Kaingang = Gãr jamã tá Joaquim Ror
kar ti mré ke: Kanhgág jykre to vẽme.

DMITRUK, Hilda Beatriz; PIOVEZANA, Leonel. Joaquim Toco e amigos na terra do Gãr: crônicas do cotidiano Kaingang = Gãr jamã tá Joaquim Ror kar ti mré ke: Kanhgág jykre to vẽme. Ilustrado por Gina Zanini. Brasília: MPF, 2015.
“A história do Oeste catarinense não é apenas a dos desbravadores que para cá se deslocaram e das agroindústrias que aqui surgiram. É também a história das populações originárias que foram violentamente expulsas de grandes áreas que habitavam na região, para ocupação pelas empresas colonizadoras, resultando na devastação de extensas florestas de araucárias. São duas faces de uma mesma moeda; esta última ainda bastante esquecida, mas que este livro almeja começar a resgatar”.
O Ministério Público Federal em Chapecó, Santa Catarina, junto com a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão da
Procuradoria Geral da República, lançou o livro bilíngue infanto-juvenil “Joaquim Toco e amigos na Terra do Gãr: crônicas do cotidiano Kaingang”. Escrito por Hilda Beatriz Dmitruk e Leonel Piovezana, com ilustrações de Gina Zanini, a obra foi criada em parceria com a Universidade Comunitária da Região de Chapecó e as comunidades indígenas locais. O objetivo
principal é resgatar a cultura indígena e combater o preconceito contra os povos Kaingang.
Segundo o procurador da República Carlos Humberto Prola Júnior, o livro destaca a história das populações indígenas expulsas de suas terras no Oeste catarinense para dar lugar a colonizadores, e busca resgatar essa parte esquecida da história. Destinado a alunos do 4º ao 6º ano, indígenas e não indígenas, a obra pretende promover o respeito à diversidade cultural e combater o preconceito, que ainda persiste devido ao desconhecimento e à intolerância.
O livro retrata não apenas mitos e tradições, mas também a realidade atual do povo Kaingang, que vive em constante interação com comunidades urbanas e rurais da região. A iniciativa visa dar visibilidade ao protagonismo dos Kaingang na
história do Oeste de Santa Catarina e promover seu reconhecimento por toda a sociedade.